Resumo- o homem que sabia javanês
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O Homem Que Sabia Javanês - Lima Barreto
Esta obra foi publicada pela primeira vez em 1911, pela Gazeta da Tarde. Relato satírico, é uma medida exemplar do talento de Lima Barreto com contista.
E também de sua modernidade. Apesar da data, o tema continua atualíssimo.
No conto O homem que sabia javanês, esse autor genial, que conviveu com a pobreza e a loucura toda a vida (boa parte de sua família era constituída de pessoas com problemas mentais), não poupou munição contra a ignorância vigente entre os cariocas do século 19.
Induzido pela necessidade, o herói picaresco se faz passar por um professor da língua da distante ilha de Java, e acaba conseguindo o emprego. Ele obtém tanto sucesso na nova profissão que conquista o cargo de respeitável funcionário de órgão público.
O Homem que sabia Javanês não o sabia realmente. O conto é um relato de um amigo, desempregado, a outro sobre uma das espertezas que usou para sobreviver: fingir saber javanês e ensiná-lo.
Um certo dia, vê num jornal, um anúncio que lhe chama a atenção: precisavam de um professor de javanês. Logo aprendeu o alfabeto e meia dúzia de palavras e pôs-se a ensinar o velho que o contratou; logo já "lia" em javanês para o velho (que desistira de aprender) e publicava sobre Java.
Foi nomeado cônsul e representou o Brasil em uma reunião de sábios; deu palestras e publicou pelo mundo sobre Java. No final do conto ainda estava em cargos consulares por "saber" javanês.
A ironia desse conto de Lima Barreto: a sociedade aceita e respeita aquele que aparenta douto saber. Saber devidamente atestado por títulos honoríficos, mas respaldado pela ignorância e pelo preconceito.
Afinal, quantos naquele Rio afrancesado sabiam falar javanês? O herói malandro impôs-se mais pela parvoíce da