Resumo "O corpo na Escola: proposta Pedgógica"

Texto:
TIRIBA, Léa. “O Corpo na Escola: proposta pedagógica”. In: HTTP://www.redebrasil.tv.br/salto Série “O Corpo na Escola, Salto para o Futuro”, abril de 2008.

O texto em questão debate e questiona a lógica do funcionamento escolar baseado em um pensamento racionalista proposto pelas linhas pedagógicas e as rotinas escolares de hoje em dia. As escolas estão voltadas para um processo de transmissão/apropriação de conhecimentos por meio da razão, necessitando de mentes atentas e corpos paralisados ao invés de fazer conexões entre o conhecimento e a vida.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano tudo o que deixa de ser parte da função social da escola, como as brincadeiras, as sensações corporais, o devaneio..., o foco é ensinar a lógica sob o sistema capitalista. O objetivo fundamental do trabalho escolar é desenvolver plenamente a capacidade racional para a compreensão e submissão da natureza aos interesses do mercado, há uma supervalorização do intelecto e desprezo pelo corpo.
A escola pode ser comparada a outras instituições como os presídios, hospícios e quartéis, onde visam controlar não apenas o tempo dos indivíduos, mas também seus corpos, extraindo deles o máximo de tempo e forças, sob regime disciplinar conjugando controle de movimentos, de horários, rituais de higiene, alimentação e até tempo previamente estabelecido para defecar. A escola assume a tarefa, de formar, corrigir e qualificar o indivíduo fazendo dele capaz de trabalhar.
Faz-se, assim, funcionar o espaço escolar como uma máquina de ensinar, mas também de vigiar, de hierarquizar e de recompensar, supervalorizando o intelecto e desprezando o corpo. A instituição separa os humanos de sua natureza, a razão da emoção. A natureza aparece subordinada aos homens, o consumo à produção, o local ao global, a emoção à razão e o corpo à mente. Desta forma, ao assumir a função de formar novas gerações, no modelo urbano-industrial, a instituição escolar ignora concepções que não fragmentam nem