Ensaio sobre a Dádiva e a Reciprocidade Guarani
Havia uma espécie de rivalidade de quem poderia dar o maior número de objetos de mais valor."
ANTROPOLOGIA CLÁSSICA
Professora: Grazielle
Aluno: Luiz Rogério de Sá Ensaio sobre a Dádiva e a Reciprocidade Guarani
Antropologia Clássica
O presente trabalho tem como objetivo estabelecer um paralelo entre o conceito de “dádiva” de Marcel Mauss e a “reciprocidade guarani”, identificada por Bartolomeu Meliá, nas sociedades guaranis que habitam o centro-sul da América do Sul. Os povos Guaranis constroem suas relações sociais de forma peculiar, reconhecendo no outro um parceiro a ser conquistado inicialmente pela “jopói: mãos abertas de um para o outro”. As similaridades que se pretendem identificar valorizam e convalidam as propostas de Mauss.
Escola Francesa A escola francesa, cujos precursores foram Èmile Durkheim e Marcel Mauss, deixou como contribuição à antropologia o reconhecimento da ciência, a partir da crença. Durkheim diz que a ciência só existe porque acreditamos nela. Mauss, sobrinho e sucessor de Durkheim, trabalhou no sentido de demonstrar os traços comuns nas diversas sociedades e a partir daí identificar regras gerais. Esses autores trabalham a dualidade do ser humano; o individual e o coletivo as cores opostas, as forças diretamente divergentes. Entretanto reconhecem que essas características se interagem, se completam e se sobrepõe. Isso é, segundo Durkheim, que estabelece a consciência coletiva, resultados das manifestações de todas as consciências. Mauss busca na troca de presentes (potlach), em sociedades tradicionais, um traço unificador desta ação com a crença, pois essa dádiva é mais que um óbolo. Ela vem carregada de impressões místicas, psicossociais, políticas e emocionais.
Marcel Mauss
Sociólogo e antropólogo francês nascido em Épinal, França,