Resumo - O Capitalismo - Paul Singer
Paul Singer inicia sua obra nos apresentando a economia de mercado e suas características para, então, apontar que o capitalismo é uma variação da mesma, diferindo, basicamente, em seu comportamento em busca de novos mercados e produção elevada. Esta índole é fruto da formação, após as Grandes
Navegações, de um mercado mundial, que eleva o comércio de longa distância a novas fronteiras, trabalhando com produtos de “grande densidade de valor” como a prata e o ouro, especiarias, tecidos, tabaco e outros.
A economia de mercado até então trabalhava mercados locais tendo as cidades como base de comércio e uma origem na produção de subsistência. O camponês medieval era autônomo, produzindo sua alimentação e seus instrumentos, construindo sua moradia e elaborando suas vestimentas a partir de fibras vegetais e animais. Neste momento histórico os Nobres tinham suas necessidades atendidas por servos. A produção efetiva para comércio era apenas para a minoria privilegiada, concentrando-se em produtos de luxo.
O capitalismo desponta desta economia a partir da manufatura apoiada pelas monarquias absolutas em luta com as corporações aliadas muitas vezes à nobreza local. Deste embate surgem os Estados Nações, com um poder político nacional e econômico, mantendo uma unidade que possibilitou a expansão e a confluência de moedas e medidas para que os Estados e suas Colônias pudessem trabalhar a comercialização e criação de pactos de monopólio. O capitalismo manufatureiro trouxe as condições para a Revolução Industrial a partir dos processos internos na manufatura com a grande força de trabalho dentro de um mesmo ambiente e sua luta por uma maior produtividade.
Após a Revolução Industrial temos a formação de um capitalismo industrial, com uma técnica de produção e uma maneira mais forte de participação frente a economia de mercado. Ele inspira uma presença liberal na economia, rejeitando a intervenção do Estado, com