Resumo e Análise do livro São Bernardo

A relação entre Paulo Honório e Madalena inicia-se quando este almeja casar, e em um determinado encontro, Paulo Honório avista Madalena, e instintivamente, deseja que ela seja sua esposa. Após algumas investidas, o protagonista consegue realizar o seu propósito e os dois se casam. Desde o princípio, há certo estranhamento por parte de Paulo Honorário, em que o mesmo se questiona sobre a liberdade da esposa, em vista de suas ações, como por exemplo, esbanjando doações aos habitantes de São Bernardo, conforme fragmento da obra: “A culpada era Madalena, que tinha oferecido à Rosa um vestido de seda. É verdade que o vestido tinha um rasgão. Mas era disparate”. Logo após, inicia-se um sentimento de desconfiança, devido às ideologias de Madalena, por conta dela não ter religião definida e ter ideias um tanto quanto revolucionárias para uma mulher. O protagonista relaciona esse comportamento ao fato de Madalena ser professora e intelectual: “Eu tinha razão para confiar em semelhante mulher? Mulher intelectual”. A partir disso, sua desconfiança só aumenta com o passar do tempo, a tal ponto, que Paulo Honório reflete consigo mesmo se realmente tomou a atitude certa em casar-se com Madalena. Tal sentimento acentua-se e toma novos rumos, pois o protagonista começa a desenvolver um quadro doentio de ciúmes da esposa em relação à traição conjugal: “Comecei a sentir ciúmes. O meu primeiro desejo foi agarrar o Padilha pelas orelhas e deitá-lo fora, a pontapés. Mas conservei-o para vingar-me”. Isso evidencia a sensação de posse que tomou conta da personagem. E em vários momentos dentro da obra, são mencionados casos em que Paulo age compulsivamente, desconfiando de tudo e de todos que se aproximam da esposa. Tanto que até mesmo os trabalhadores de São Bernardo passam a ser alvo do ciúme: “A infelicidade deu um pulo medonho: notei que Madalena namorava os caboclos da lavoura. Os meus olhos me enganavam. Mas se os olhos me enganavam, em que me havia de confiar então? Se