Resumo a Turma de Tr s

Eu, mau aluno. Meus pais se encontraram no Rio de Janeiro. Minha mãe veio de uma família gaúcha, pobre, de São José do Norte, que fica próxima à fronteira com o Uruguai. Meu pai nasceu em Mogi das Cruzes e era engenheiro.
Fui muito cedo para a escola, naquele tempo, creio que por volta de cinco ou seis anos, estudei em vários colégios e até perto dos 18 anos fui um típico “mal aluno” De um ano para o outro virei um estudante exemplar e foi assim que fiz o meu curso clássico no Colégio Andrews Mas como os “bons alunos” são exemplarmente chatos e em geral não tem nada para contar de efetivamente bom a respeito de sua vida de estudante, quero falar dos meus tempos de freqüentadores ta “turma de trás” nas salas de aula.
Não me lembro bem de todos os colégios por onde andei, foram muitos e de todos os tipos. Primeiro estive no Colégio Paulista, que parece que ficava em algum canto perto da praia de Copacabana, depois andei pelo Guy de Fontgaland, também em Copacabana, era um colégio extremamente caridoso, depois fui para o Colégio São Bento, no centro cidade, mas por pouco tempo, porque nele eu colecionei todas as punições dignas de uma memorável instituição. Ao final do meu segundo ano ali, meus pais receberam uma carta gentil que pedia a eles que por favo não me rematriculassem lá no ano seguinte. Sorte minha, sorte porque fui aceito no Colégio Andrews.
Finalmente um colégio leigo, com menos espaços e cantos escondidos para as farras ocultas, mas ao mesmo tempo sério e tolerante. Pela primeira vez, também, eu ingressava em um “colégio misto” uma das melhores invenções da pedagogia ocidental, estudei lá vários anos, dei muito trabalho, bem eu sei.
Sai um ano antes para ir estudar de novo em Copacabana, agora no Mallet Soares, porque havia ali, no começo da noite, um “cursinho preparatório” de candidatos aos colégios militares das três armas: o Naval. Ninguém da minha família conseguiu até hoje explicar como um vagabundo de carreira, como eu, conseguiu ser