RESUMO - A situação da música do fim do mundo antigo. Gradiva, 1988. Cap. 1, p. 15 – 47.
FACULDADE SERRA DA MESA FASEM
CURSO DE EDUCAÇÃO MUSICAL 1° PERÍODO
Professor: Lucas Ceccato.
Historia da Musica Ocidental
Uruaçu, 20 de Fevereiro de 2013.
Autores: Donald J. Grout, Claude V. Palisca.
Uruaçu 2013
1 A Situação da Música no Fim do Mundo
Antigo
Roma, no tempo da sua grandeza, fizera reinar a paz em quase toda a Europa ocidental, entretanto, enfraquecera e já não tinha capacidade para se defender. Bárbaros iam chegando do Norte e do Leste, e a civilização comum a toda a Europa desagregava-se em fragmentos que só muitos séculos mais tarde começariam gradualmente a fundir-se de novo, dando origem as nações modernas. Iniciava então, paulatinamente, um processo inverso de criação, centrado na igreja cristã. Até ao século X foi esta instituição o principal laço unificador e canal de cultura da Europa. Constantino em 312, e fez do cristianismo a religião da família imperial. Em 395 a unidade política do mundo antigo foi formalmente desfeita, com a divisão em Império do Oriente e Império do Ocidente, tendo por capitais
Bizâncio e Roma. Após um século terrível de guerras e invasões, o último imperador do
Ocidente foi deposto do seu trono, em 476, os alicerces do poder papal estavam já tão firmemente estabelecidos, a Igreja assumiu a missão civilizadora e unificadora de Roma.
1.1 A Herança Grega
A música da igreja cristã inspirava artistas e intelectuais nos mais diversos campos de atividades. A literatura romana nunca deixou de exercer a sua influência ao longo da
Idade Média. Nos séculos XIV e XV, à medida que foram sendo conhecidas mais obras, os artistas medievais e renascentistas tinham a vantagem de poderem estudar e imitar os modelos da antiguidade.
Os músicos da Idade Média não conheciam um exemplo sequer da música grega ou romana, embora não haja vestígios autênticos da música da antiga Roma, sabemos, por relatos verbais, baixos-relevos, mosaicos, frescos e esculturas, que a