Resumo a noiva do cordeiro
O documentário retrata o preconceito que existe contra mulheres que vivem nessa comunidade, que fica no município de Belo Vale, a 86 quilômetros da capital mineira Belo Horizonte. Tudo começou, quando Maria Senhorinha Lima, natural do povoado de Roças Novas, sentindo-se infeliz, resolveu separar-se de Arthur Pierre três meses depois de se casar, e foi morar com Chico Fernandes no local onde hoje é o povoado. A igreja católica foi contra a decisão, e excomungou e difamou o casal. E assim a comunidade cresceu.
Nos anos 40, o pastor Anísio Pereira se mudou para o local e se apaixonou por uma jovem. Ele fundou a Igreja Evangélica Noiva do Cordeiro, que acabou dando nome ao local. Mas os preceitos desta igreja eram muito rígidos: as mulheres não podiam usar maquiagem, não podiam fazer controle de natalidade e os dias de jejum obrigatório prejudicavam o trabalho. Por conta do rompimento com a fé católica, o preconceito dos povoados vizinhos cresceu ainda mais.
Com isso, as mulheres da comunidade, perceberam que a igreja não trazia tantos benefícios, pelo contrário, dificultava a vida e o sustento. Aos poucos se desligaram, até por um fim na igreja local. Sem dogma e sem formalidades, passaram a viver somente acreditando em Deus. A integração do povoado com outras populações vizinhas foi difícil, porque as mulheres eram vistas como prostitutas.
Há alguns anos, fundaram uma associação comunitária para ir atrás de seus direitos e de recursos. Criaram a primeira escola de informática da zona rural de Minas Gerais, e essa conquista fez com que, aos poucos, começassem a ser respeitadas pelas comunidades vizinhas. Também criaram uma fábrica de tecidos, o que fez aumentar a renda local. Na comunidade nada é de ninguém, tudo é de todos.
No momento do debate os participantes discutiram sobre o filme, falando dos preconceitos existentes na sociedade, o que também foi salientado por Rosa, que falou que preconceito só gera preconceito e também sofrimento