Resumo Tratado De Estrat Gia Rev
Capítulo 10
A Estratégia Marítima Contemporânea
344. As transformações da estratégia marítima
A estratégia marítima não escapou, evidentemente, às reviravoltas que se sucederam ao aparecimento da arma nuclear. Na verdade, ela foi atingida com mais intensidade do que a estratégia terrestre ou a estratégia aérea, uma vez que para ela não foram somente os equipamentos e o contexto geral que mudaram, mas também o emprego do meio propriamente dito.
Entretanto, a revolução nuclear encontrou no meio marítimo uma aplicação particular: ela não somente revolucionou as armas, mas também transformou radicalmente um de seus vetores.
Todas essas reviravoltas, técnicas e políticas, que afetaram o meio marítimo, causaram uma mudança tanto nos meios como nas missões.
SEÇÃO I – OS MEIOS
345. As operações em três dimensões
Doravante, as esquadras passam a se deslocar em três dimensões: na superfície, acima da superfície e abaixo da superfície.
346. Na superfície e acima
O encouraçado cedeu lugar definitivamente ao porta-aviões, como navio capital. Embora seus canhões não tivessem um alcance máximo superior a 30 km, os aviões embarcados tinham um raio de ação de várias centenas de quilômetros. Atualmente, os maiores porta-aviões em serviço são os USS da classe Nimitz, com 90.000 toneladas e propulsão nuclear.
As esquadras deixam de operar isoladas e a aviação baseada em terra passa a desempenhar um papel particularmente importante. A aviação de patrulha marítima começa a ter um papel decisivo na guerra antissubmarino, enquanto aviões com grande raio de ação passam a representar uma ameaça muito perigosa para os navios de superfície no meio dos oceanos.
347. Abaixo da superfície
As reviravoltas são ainda maiores abaixo da superfície. Graças à propulsão nuclear, o submarino não é mais um simples submersível dependente da superfície, uma vez que ele pode permanecer submerso durante semanas e seu desempenho sofreu uma verdadeira revolução. Atualmente, um