Resumo - Tipologia arquitetonica e morfologia urbana

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Segundo Pereira, (2012) depois dos anos 1960, quando voltou a preocupação com a união entre arquitetura e urbanismo, alguns autores, como Saverio Muratori, começaram a analisar o tecido urbano e usar o tipo como estrutura utilizada para determinar a forma urbana. Muratori diz que o tipo é a chave para entender a junção entre a individualidade e a forma urbana, pois no objeto de sua análise, Veneza, os tipos que compõe a cidade não fariam sentido separados. Outros autores propõe uma análise tipológica por meio da morfologia urbana, correlacionando ambas. Dentre eles, Giulio Carlo Argan, Aldo Rossi, Ludovico Quaroni entre outros.
Historicamente, nas reformas ocorridas em Paris e no traçado de Barcelona, o tipo foi importante para a maneira como o traçado urbano era realizado, transformando-se em uma determinante arquitetônica. Cerdà ao definir preceitos para a constituição da sua quadra, no século XIX, acabou por criar um padrão que deveria ser seguido nas edificações, de modo que o conjunto da arquitetura não se perdesse e não deixasse de atender às necessidades sanitárias defendidas por Cerdá.
Em Paris, o modelo padrão de casas do século XIX, o hôtel particulier, foi modificado de acordo com as alterações nas proporções entre os lotes e as implantações, maiores antes das reformas haussmannianas. Os jardins foram substituídos pelas ruas, e o tipo geral das edificações se manteve, porém com alterações básicas devido ao formato dos lotes nos quais se inseriam. O fato da existência do padrão arquitetônico acabou criando uma unidade visual na cidade, que contribuiu também para a melhor definição do traçado urbanístico.
Camillo Sitte, n’A construção da cidade segundo seus princípios artísticos, do fim do século XIX, disserta sobre a falta de integração entre os diversos tempos da cidade por causa da não unidade presente na constituição do espaço. Em sua obra, estabelece normas para elementos como praças como forma de organizar a disposição desses elementos

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