RESUMO SOCIOLOGIA. PAUL GILROY , ANTONIO ALFREDO GUIMARÃES

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FERNANDO CEZAR MELO DE OLIVEIRA

Textos-resumo: Raça, nação e racismo – Guimarães (1999)
Entre Campos: nações, cultura e fascínio da raça - Gilroy (2007)

BRASÍLIA
2014
Na primeira parte do capítulo “Definindo o racismo”, Guimarães (1999) retoma o conceito de Raça, atrelando-o a uma forma de classificação social. Por conseguinte, define o racismo como uma forma bastante específica de “naturalizar” a vida social a fim de se explicar diferenças pessoais, sociais e culturais a partir de diferenças tomadas como naturais. Dessa forma, o autor explicita a forma social do racismo brasileiro com seu caráter assimilacionista, o que o leva a discorrer a respeito de questões como cor e embranquecimento, dentro de uma ordem estamental que pressupõe desigualdade de tratamento, ainda que prevaleça, no plano doutrinário, o princípio da igualdade. Além disso, o autor argumenta que interpretações a respeito das relações raciais e do racismo no Brasil corroboram a problemática social europeia e norte-americana, aludindo para o fato de que a linguagem de classe e de cor, no Brasil, sempre foi usada de modo racializado. A contextualização do texto insere-se em questionamentos que levam em conta a imprescindibilidade do conceito de raça para os brasileiros de hoje, sobretudo nas ciências sociais, a fim de que não se contrarie os interesses e os valores do povo negro brasileiro ao negligenciar a temática proposta. Entre Campos, Nações, Culturas e o Fascínio da Raça, Gilroy (2007) coloca a discussão racial como algo que vai além de questões fenotípicas e biológicas. Ao mencionar autores como Fanon, Martin Luther King, entre outros, Gilroy aponta para um novo humanismo ao propor o abandono do conceito de raça, o que nos leva a um conflito entre povos – aqueles que se sentem ‘superiores’ e os que se sentem ‘inferiores’. Nesse sentido, seu projeto é persuadir a humanidade no sentindo de desvencilhar-se desses rótulos. Ele também