Resumo - sociedade pós capitalista
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Sociedade “pós”-capitalista? Alguns intelectuais contemporâneos fazem questão de expressar seu juízo de valor enaltecendo e louvando um certo Peter Drucker, saudando-o entusiasticamente, ora como “notável pensador”, ora como “guru do momento”. Fazem ainda questão de expressar seu alívio “informando” que “para a tranqüilidade de alguns”, dentre os quais obviamente se incluem, “não haverá nenhuma chance de reflorescimento do comunismo no futuro”. Livro é frustrante, escrito por um autodidata norte-americano reacionário, sem formação acadêmica alguma, apresentado apenas como “Administrador de Empresas” que, ainda por cima, foi um dos principais ideólogos de George Bush (o pai) e do bombardeio ao Iraque; segue sendo intelectual orgânico de boa parte da extrema direita norte-americana. O livro em tela foi escrito há mais de dez anos. Data de 1992. Já ultrapassado, é contemporâneo e compatível com aquelas ideologias trabalhadas como se fossem teorias acadêmicas em torno do “Fim da História e das Utopias” logo após o colapso do socialismo de tipo soviético e a euforia da reunificação alemã. “Sociedade Pós-Capitalista”, não passa de um pastiche de preconceitos de classe contra o socialismo, o comunismo e o marxismo de maneira generalizada. “Informa” coisas como “o comunismo acabou e não ressuscitará jamais” – quem diz? Como comprova essa assertiva mais aforismática do que científica? –, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, de Weber, está hoje desacreditada” – como assim? Alguém avisou ao IUPERJ, à USP, a Cambridge, à Sorbonne e ao MIT que Weber, assim como Marx, “já era?” Entre outros pseudo-alegatos para os quais não apresenta fundamentação, explicação ou justificativa alguma que não a sua “autoridade” no assunto, que, por sinal, é nenhuma, Drucker deixa clara a sua vinculação de classe à extrema direita norte-americana, só isso. “Dialogando” com um Marx que nunca existiu Drucker insiste em dialogar com e tentar desacreditar um Karl Marx que ele mesmo criou