Resumo sobre o documentário "O Mercado de Notícias"
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"O Mercado de Notícias" é um documentário sobre mídia e democracia, que intercala depoimentos de treze jornalistas brasileiros com trechos da peça "The Staple of News", escrita pelo inglês Ben Jonson em 1625, quando do surgimento do jornalismo, e traduzida por Jorge Furtado e Liziane Kugland. A comédia de Jonson, montada e encenada especialmente para a produção do filme, revela sua espantosa visão crítica, capaz de perceber na imprensa de notícias, recém-nascida, uma invenção de grande poder e grandes riscos. O filme traça um painel sobre mídia e democracia, incluindo uma breve história da imprensa, desde o seu surgimento, no século 17, até hoje, destacando seu papel na construção da opinião pública, seus interesses políticos e econômicos. Os tropeços da imprensa, as dúvidas sobre a qualidade da informação, os interesses por trás do jornalismo, e o quanto tudo isso pode influenciar a formação da opinião pública são as principais questões que norteiam este documentário. A filmagem enfatiza dois aspectos destacados na peça de Ben Jonson: o primeiro o debate sobre a credibilidade da notícia, que inevitavelmente contraria e favorece interesses; o segundo é a necessidade constante e crescente de informações, a demanda por notícias que acaba por se tornar entretenimento.
“O Mercado de Notícias” debate critérios jornalísticos, e este é o seu sentido e o sentido da peça de Jonson. É também uma defesa da atividade jornalística, do bom jornalismo, sem o qual não há democracia.
O filme traz entrevistas com importantes nomes do jornalismo brasileiro, como Mino Carta, Luis Nassif, Jânio de Freitas, Renata Lo Prete, entre outros, nas quais compartilham suas experiências e percepções sobre a profissão - presente, passado e futuro. Algumas declarações dos jornalistas entrevistados carregam o filme com um clima de obituário, sobretudo do jornalismo impresso, onde chegou-se mesmo a pensar que a função do jornalista ia desaparecer. Com viés assumidamente de esquerda, as