RESUMO rotatividade e qualidade do emprego
Resumo do Artigo: Rotatividade e qualidade do emprego no Brasil Ao longo do texto, cujo objetivo principal é o estudo da relação entre qualidade do emprego e rotatividade, o autor procurou levantar alguns argumentos que contribuem para a explicação da baixa de qualidade do emprego no Brasil. É apontado que no nosso país, a rotatividade de mão de obra é muito elevada, existindo poucos investimentos em treinamento, resultando em pouco aumento da produtividade e perpetuando a baixa remuneração. A alta taxa de rotatividade incentiva a informalização das relações de trabalho, ou seja, o pouco grau de compromisso entre trabalhadores e empregadores. Isso ocorre em razão de que as pessoas trocam de emprego constantemente, e as empresas preferem informalizar para economizar em custos de demissão, que são menores quando não é vinculo empregatício formal. A legislação trabalhista permite ganhos de renda na mudança de emprego (recebimento do saldo e FGTS, seguro desemprego, etc), o que acaba gerando mais rotatividade, já que o lado ruim relacionado á perda de um emprego, é amenizado por uma imediata compensação de renda. Portanto, a legislação incentiva a demissão de trabalhadores em momentos de baixo faturamento. Como os trabalhadores sem carteira assinada não possuem proteção contra demissões é de se esperar que a rotatividade total de Mao de obra brasileira seja ainda maior do que o indicado. A qualidade do emprego depende fundamentalmente de alta produtividade de mão de obra, que, por sua vez, depende não só de alta qualificação geral, mas também de capital humano específico desenvolvido através de treinamento dentro do ambiente de trabalho e de acordo com a necessidade de cada função desempenhada. Normalmente, o treinamento desenvolvido na empresa é um investimento conjunto do trabalhador e da empresa, onde as partes tendem a ganhar. No entanto, ele é um investimento de alto risco, pois é incerta a permanência e