Resumo Rela es Sociais e capital
3.0 – As relações sociais mistificadas e o ciclo do capital
Tendo em vista que o trabalhador faz parte do processo de produção (trabalho, valorização, mercadoria embutida da mais valia), podemos afirmar que não são os trabalhadores que fazem os meios de produção, mas os meios de produção que empregam os trabalhadores. Sugando o trabalho vivo, a mercadoria tem a mais valia que se transforma em dinheiro alimentando o capital, assim, dando ao capitalista mais poder de exploração.
Portanto este também é um processo de produção e reprodução de classes. O trabalhador cria seu próprio julgo, produzindo os meios de dominação e exploração, como meio de sobrevivência (comer, vestir, morar, através do salário). Então o capital e o trabalho assalariado se criam mutuamente.
O salário é o preço da força de trabalho, embora pareça à primeira vista como preço do trabalho. Portanto se seu trabalho tivesse uma existência independente, venderia o produto dele, não sua força de trabalho. Assim se produz o capital variável do capitalista, pois o valor da força de trabalho é diferente de seu rendimento. No emprego da força de trabalho é transferido o valor dos meios de produção ao produto, repõe-se o capital variável e cria-se novo valor pela exploração da jornada de trabalho, pois para pagar seu salário o trabalhador ficaria pouquíssimo tempo em sua jornada. A partir dessa exploração da jornada de trabalho cria-se o valor excedente, a mais valia, lucro do capitalista e mola propulsora desse sistema.
Todo este processo é maquiado e encoberto pelo salário que aparece como preço do trabalho, que não é facilmente descoberto pelo trabalhador e algumas vezes pelo capitalista também.
Vale destacar o quanto é desigual esta forma de salário. A classe capitalista tem seu lucro adiantado, como um crédito, já que o trabalhador só é pago depois de ter empregado sua força de trabalho, após ter sido consumido pelo capital. Assim a classe trabalhadora é paga com o produto de seu próprio