Resumo Quem matou Vargas de Heitor Cony
AUTOR DO LIVRO: CARLOS HEITOR CONY
PRÓLOGO
Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil era um mero desconhecido no concerto das nações. Executivos internacionais achavam que o Rio de Janeiro era a capital de Cuba ou que o Brasil era capital de Buenos Aires (consideravam Buenos Aires um país). Getúlio Dornelles Vagas contribuiu para diminuir esta alienação graças a sua personalidade marcante que gerou curiosidade no mundo desenvolvido.
O livro não é apenas uma biografia, mas também uma interpretação de fatos. Por isso, pode ser considerado um romance histórico fiel aos fatos.
19 de abril de 1950. Fora da vida pública desde 1945, Vargas está prestes a comemorar seus sexagésimo sétimo aniversário. Faz uma breve retrospectiva de sua vida e chega à conclusão de que teve muito mais sucessos que derrotas na vida.
Quando deixou o governo pensou em isolar-se. Mudou-se para a sua estância em Itu, Minas Gerais. Não melhorou as estradas e reforçou as cancelas porque não queria facilitar o acesso de amigos e correligionários. Mas, teve que manter a pista de pouso, para pequenos aviões, bem conservada; não queria ser responsabilizado por eventuais acidentes. Aquele campo vivia sempre congestionado de aviõezinhos que traziam a ele a tentação da volta ao cenário político do país.
Hoje, 19 de abril de 1950. Participará de um churrasco em sua homenagem na estância de João Goulart. Chegando ao local, contrastava com os gaúchos ali presentes: tipos viris e determinados. Pelo contrário, ele era velho, baixinho e gordo, mas seria a estrela de uma tragédia que abalaria o país e comoveria o seu povo.
Em plena festa, continuava divagando sobre a ditadura que se inciou em 1937; achava que foi responsável por irresponsáveis, ou seja, assumira a responsabilidade por atos provocados por irresponsáveis, como a tortura e falcatruas. Não podia desprestigiar os militares que o mantinham no poder.
A festa fora organizada claramente para convencer Getúlio a