Resumo - Psicanálise e o Trabalho

Resumo dos tópicos – Aluna: Nayla L. de Sá Martins
Sofrimento criativo luta com o operatório
O trabalhador luta contra a atividade de pensar espontânea para não desorganizar sua cadência e não gerar erros. A única forma de paralisar o pensamento é engajar-se freneticamente na aceleração do ritmo de trabalho até ocupar todo o seu espaço de consciência e chegar à fadiga.
Este processo auto-acelerado é penoso e doloroso e não se auto sustenta, nem se estabiliza. Para não interromper a repressão pulsional e ter de iniciá-la no dia seguinte, os trabalhadores recorrem a tarefas suplementares domésticas para manter o ritmo sem ruptura. Dessa forma, gera-se o torpor psíquico em que o operário se sente inerte e sem reação.
Através desse processo, chega-se à denominada depressão essencial do pensamento operatório ou alexitimia, e ao final do sofrimento psíquico manifesta-se a doença física e não apenas mental.
Consequências do sofrimento patogênico no ambiente
A repressão do funcionamento psíquico reflete-se em toda a vida do sujeito, interferindo em suas relações familiares e sociais. Para não suspender a repressão, ele não desempenha seus papéis afetivos, familiares e sociais; desligado de tudo, ele se isola, se afasta do cônjuge e dos filhos, que, nesse momento, estão voltados para a atividade lúdica, coisa insuportável para o pai, que se torna agressivo. Retorna-se aqui à angústia dos pais e ao sofrimento da criança, o círculo vicioso: esse pai foi aquela criança que será o pai do futuro e tudo se repete pelas gerações.

Incidência do sofrimento patogênico sobre a produtividade
Verbalizando as estratégias defensivas contra o sofrimento que provocavam a desorganização da cooperação, os funcionários perceberam a possibilidade de transformar a subversão do sofrimento em criatividade. As dificuldades técnicas foram reveladas pela fala e as trocas intersubjetivas abriram espaço para a competência. As pressões psíquicas foram justificadas pelas arbitragens e