Resumo Plano Real
A inflação à época estava em 35% ao mês e a reconstrução da moeda nacional foi a tarefa que o ministro colocou como prioritária.
Sua equipe econômica foi formada predominantemente por economistas da PUC-Rio, como Edmar Bacha, André Lara Resende, Persio Arida, Gustavo Franco e Winston Fritch. Juntou-se a eles Pedro Malan, à época responsável pelas negociações da dívida externa brasileira.
Essa equipe arquitetou o Plano anti-inflacionário mais engenhoso jamais visto no Brasil. Porém, acabou deixando que se mantivessem desequilíbrios em conta-corrente ao longo do tempo, levando o país a uma brutal situação de endividamento.
O diagnóstico feito era de que a inflação era predominantemente inercial.
O Plano foi inspirado na “Proposta Larida” de André Lara Resende e Pérsio Arida, que sugeria a convivência de duas moedas: uma nova que entraria em cena protegida da inflação e uma velha que continuaria absorvendo os efeitos da inflação, até que totalmente contaminada, seria abandonada pelos agentes econômicos e expulsa do sistema oficial. Era um plano que encaminhava a economia para uma desindexação espontânea, sem choques.
Originalmente as etapas do plano eram: equilíbrio das contas públicas e consolidação da âncora fiscal; recuperação das funções da moeda, começando pela unidade de conta através da criação da Unidade real de Valor; e por último emissão da nova moeda, o Real.
Inicialmente o governo contava com o Plano de Ação Integrada e com uma revisão constitucional para consolidar a âncora fiscal. O PAI não foi tão bem sucedido e a esperada revisão acabou não acontecendo.
O PAI visava um aumento da arrecadação do governo com impostos como o IPMF e redução dos gastos do governo. Também pretendia aumentar a eficiência bancária, principalmente com disciplina aos bancos estaduais.
O PAI se defrontou com resistências