Resumo paranoia
Diferente da esquizofrenia, na paranoia o sujeito não está à deriva da dispersão, e sim retido por um significante.
O um no campo da linguagem
O um é como pura diferença que a verdade, em sua função significante, se constitui. A era teológica corresponde a noção de identidade do igual, já Lacan insere a psicanálise no campo da linguagem como diferente.
A unidade do um no campo da psicanálise não tem por função se unificar e sim, se diferenciar. Essa unidade é descrita por Lacan como traço unário. O traço unário é o traço distintivo que está na base de toda identificação.
Paradoxo: esse traço de diferença pode ser tomado e utilizado por diversos sujeitos ao mesmo tempo. Assim, a diferença se torna traço de igualdade, pelo mecanismo de identificação de vários sujeitos com um único sujeito.
Por um lado, temos a função do um como traço que constitui o conjunto, por outro, o Um de Einzigkeit, a unicidade expressa como traço unário.
O um no campo do gozo
O gozo não se deixa apreender de todo, pois não há universal no gozo, resiste a se deixar aprisionar pelo significante fálico. No campo do gozo o Um só existe como significante dessa irrupção, desse transbordamento, significante-mestre que não domina o gozo.
Na esquizofrenia, há dispersão desse significante, que se manifesta nas vozes e palavras interrompidas. O significante traumático está em toda parte enquanto disperso. Na paranoia, o significante-mestre do trauma é submetido à operação de Verhaltung (retenção). O sujeito identificado com esse Um, é o próprio, afirmando seu caráter megalomaníaco.
Aimée
O delírio de relação pode desaparecer, isto e, as ideias de perseguição e as intepretações auto-referentes podem sumir, mas a retenção do acontecimento permanece e 0 sujeito continua fixado a ele.
O tema central do delírio de perseguição "querem matar meu filho" é vinculado a idéia que o justifica: isso é feito “para me castigar”, isto porque não