Resumo os primeiros restauros
Paulo B. Lourenço
Os Primeiros Restauros
O homem desde o inicio, sempre teve a preocupação de preservar objetos que fossem úteis às suas necessidades, reparando somente aquilo que tivesse perdido a sua função principal , e não por um motivo ou fator histórico. A moradia não era compreendida como um bem que possui valor histórico ou cultural, e sim, um bem útil. A atividade de restauro teve origem nos séculos XVIII e XIX. Até esta data, os monumentos sofreram varias ações de conservação. Em 1789, a Revolução Francesa, também deixa sua marca no início da Idade Contemporânea. Com a revolução veio o vandalismo, a degradação e o desaparecimento de alguns monumentos, que gerou o interesse público pelos monumentos e intervenção do Estado na sua salvaguarda. Já em 1794, a Convenção Nacional Francesa, publicou um decreto que dizia: - “Os cidadãos são os depositários de um bem, do qual a Comunidade tem direito a pedir contas. Os bárbaros e os escravos detestam a ciência e não respeitam as obras de arte. Os homens livres as amam e conservam”.
Então e fundamental proteger os monumentos e iniciar a discussão sobre a metodologia de conservação e restauro. O Estado responsabiliza personalidades como Vitet e Merimée (1717-1768) para debater e desenvolver os critérios, Vitet assume o novo cargo de Inspetor dos Monumentos Históricos. Estes desenvolvimentos são seguidos pelo resto da Europa, resultando em diferentes teorias e práticas consoantes o pensamento dos responsáveis nacionais, ainda que com influências recíprocas e com o objetivo comum de proteção do monumento.
Surge na Itália uma tendência que se viria a se chamar de “restauro arqueológico”, com influência dos escritos do Papa Leão XIII acerca da Basílica de São Pedro em Roma, alvo de divergências sobre a sua reconstrução na época: - “nenhuma inovação se deve introduzir nem nas formas nem nas proporções arquitetônicas, nem nas decorações do edifício resultante, se não for para excluir aqueles