Resumo os dois metodos e o nucleo duro da teoria economica
A escolha do método preferido de investigação econômica é um problema teórico central enfrentado pela economia pelas outras ciências sociais. As ciências substantivas, incluindo a economia devem utilizar um método empírico ou histórico-dedutivo. Os grandes economistas clássicos e Keynes fez isso e foram capazes de desenvolver modelos abertos explicando como igualmente abertos funcionam os sistemas econômicos. Dessa forma, a microeconomia clássica, a teoria clássica de crescimento da economia capitalista e a macroeconomia keynesiana formam o núcleo duro da economia relevante.
Por outro lado, foi adotado o método hipotético-dedutivo, pelo economista neoclássico com o objetivo de construir uma ciência matemática. Entretanto, veio os modelos macroeconômicos e de crescimento que não têm utilidade prática na formulação de políticas. A exceção é a microeconomia de Marshall que não fornece um modelo de sistemas econômicos reais, mas é útil para a análise de mercados.
A ideia de adotar o método hipotético-dedutivo ocorreu a Stuart Mill
(1836), que sugeriu que com ele – isto é, com a adoção do homo economicus como pressuposto básico – a economia seria capaz de superar seu caráter impreciso. Ele mesmo não fez pleno uso do método, mas a partir dos anos 1870, com o surgimento da escola neoclássica, esse método começou a ser ativamente adotado. No entanto, como Marshall era a figura dominante da escola neoclássica e um grande economista, a formalização da economia e sua alienação da realidade não ocorreram imediatamente. A redução da teoria econômica a modelos matemáticos possibilitada pela abordagem hipotético-dedutiva aconteceria nos anos 1930, quando um grande número de engenheiros e físicos se juntaram à profissão (Mirowski,1991). Keynes representou uma reação à primazia do método hipotético-dedutivo na teoria econômica e a sua consequência, a tendência à “matematização” do pensamento econômico.