Resumo Minha descoberta da América de Maiakóvski
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Ao chega em Nova York, a primeira coisa que chamou a atenção de Mayakovski, foi sentimento de desumanização que produz a cidade. Em seguida, a identidade americana vaga, fundiu e desintegrou-se em várias nacionalidades. A relação com o que conhece nos Estados Unidos é conflituada, ao mesmo tempo em que se deslumbra com a Broadway, percebe o nascimento do “imperialismo norte-americano”. O lugar para onde a maioria dos operários e trabalhadores é mandada, os pobres quarteirões de judeus, negros, italianos. Alarma-se com o tamanho da cidade de 4,5 milhões de habitantes. E anota que sua cultura é movida exclusivamente pelo make money. O que caracteriza o povo americano, para Mayakovski, é o consumismo. Ele nota que a burguesia é o criador de uma série de produtos populares, e não fazem o uso dos seus próprios produtos. Faz observações atualíssimas, como o vínculo entre as empresas e a mídia: “Não há dinheiro que possa recomprar um jornalista já vendido”. Passa por Detroit, a cidade dos automóveis, aproveitando para criticar a ideologia fordista: “Na fábrica levam grupos de cinqüenta pessoas. A direção é uma só”. E ironiza: “Em Detroit há a maior taxa de divórcios. O sistema Ford torna os operários impotentes”, ou seja, os trabalhadores não tinham, se quer, tempo para passarem com seus familiares. Maiakovski visitou a fábrica da Ford em Detroit. Porém em Moscou, o livro de Ford tinha sido recebido com grandes expectativas, e Maiakosvki pensou que o trabalho do sistema fordista podia ser facilmente adaptado para o sistema socialista. Mas ao falar com os trabalhadores, Maiakovski nota que há uma sombra sobre a linha de trabalho, onde a divisão do trabalho levava o operário a grandes jornadas de trabalho, tendo pouquíssimo tempo para atividades essenciais, como por exemplo a alimentação. Ele viu lá o sistema de linha de produção que faria Chaplin em Tempos Modernos, em 1936. Assim, Mayakovski nota a dificuldade de ocorrer uma revolução do proletariado nos EUA. Pois