Resumo - Media Generations
Capítulo 4 – Media Generations
As experiências de consumo de mídia vivenciadas rotineiramente pelos sujeitos em determinado período de tempo são passíveis de serem cristalizadas em fortes padrões internos, conforme explicitam Martin P. Block e Don E. Schultz (2009) por meio do conceito de gerações de mídia. Assim, os autores apresentam aos profissionais de mídia uma ferramenta alternativa de avaliação dos comportamentos dos consumidores a partir da divisão desses em classes de pessoas que, expostas a certos tipos de mídia, criam grupos ou afiliações que carregam consigo durante toda sua vida.
Partindo do conceito sociológico de geração, que corresponde ao intervalo de tempo entre o nascimento dos pais e de sua prole, os autores argumentam que é necessário considerar a rápida evolução tecnológica das últimas décadas na definição das gerações. Ainda que o intervalo médio entre o nascimento de pais e filhos seja de aproximadamente 30 anos para os norte-americanos, salienta-se que é necessário considerar como a tecnologia pode se desenvolver e moldar os hábitos dos consumidores em apenas uma década. O ritmo de progressão tecnológica e suas consequências sobre as gerações é exemplificado a partir do histórico do rádio, que em meados do século XX tinha preponderância sobre qualquer outro meio de comunicação norte-americano. Quando a televisão surge como uma ameaça de grande força competitiva nas décadas de 60 e 70 e força o rádio a mudar sua programação, antes mais baseada em dramas e séries e depois fundamentada em programas de locução ou música, também mudam as experiências de uso dessa mídia em uma perspectiva geracional. Como se não bastassem o surgimento das televisões, a própria tecnologia do rádio se desenvolveu com o surgimento, por exemplo, das ondas FM. Ainda assim, no decorrer dos anos prevalecem formatos antigos, como ilustram os autores ao analisar a linha do tempo de formatos musicais nas rádios norte-americanas, que indica que os