Resumo - Marilena Chauí- A razão

No capítulo dois, intitulado A Atividade Racional, Marilena Chauí define as duas modalidades da atividade racional, são estas a intuição e o raciocínio. Enquanto o raciocínio (ou razão discursiva) percorre várias etapas do conhecimento para poder definir um objeto ou realidade, a intuição (também chamada de razão intuitiva) é uma visão imediata de determinado objeto ou realidade, sem a necessidade de se aprofundar nas etapas do conhecimento para poder defini-lo.
A intuição pode ser sensível ou empírica e intelectual. A empírica nos remete ao conhecimento empírico, que como visto no ensino médio, é nosso ‘conhecimento de mundo’. A intuição sensorial ou empírica é aquela que experimentamos através dos nossos sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão), e é de posse de todo ser vivo, extremamente pessoal e psicológica. Como sabemos, um sujeito que entra em contato com um objeto e analisa o mesmo, constrói conhecimento e cria uma imagem desse objeto. Na intuição intelectual essa imagem criada já nos serve de verdade absoluta para definir o objeto, não havendo necessidade de prová-la. A autora nos traz além desses dois tipos de intuição, a intuição emotiva ou valorativa, que é aquela em que junto com o sentido, significado ou definição de algum objeto, captamos também o seu valor. Ou seja, conseguimos definir as coisas através do que valem para a nossa intuição.
O processo de conhecimento que chega a uma intuição ou que parte dela é chamado de raciocínio. Este, quando apresenta critérios de generalidade e universalidade pode ocorrer através da dedução, da indução ou da abdução. A dedução parte de uma verdade já conhecida e universal, e a toma como princípio geral para através do raciocínio demonstrar que outros casos individuais podem partir dela. Por exemplo, usando a verdade universal de que “Todos os homens são mortais”, analisamos um caso particular, de João. João é homem, logo, João é mortal.
Já a indução, adota um caminho diferente da dedução, parte de