Resumo livro O fim da história e o último homem
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RENAN GRIJÓ BÚRIGO (MATRÍCULA: 2012-19-F)
PARTE I – UMA ANTIGA QUESTÃO REFORMULADA
Capítulo 1 – Nosso pessimismo
Um pensador honesto e sereno como Immanuel Kant podia ainda acreditar seriamente que a guerra servia aos propósitos da Providência. Depois de Hiroshima, toda guerra passou a ser considerada, na melhor das hipóteses, como um mal necessário. O santo teólogo Santo Tomás de Aquino podia argumentar seriamente em defesa da teoria de que os tiranos servem aos fins da Providência, pois se não existissem tiranos não haveria oportunidade para o martírio. Depois de Auschwitz, qualquer um que faça uso desse argumento estará blasfemando... Depois desses acontecimentos terríveis ocorridos no coração do mundo moderno, esclarecido, tecnológico, poderemos acreditar ainda no Deus que é progresso necessário tanto quanto no Deus que manifesta Seu Poder sob a forma de uma superintendente Providência?
Emile Fackenhein, God’s Presence in History (29).
Podemos afirmar sem sombra de dúvida que o século XX fez de todos nós pessimistas históricos (29). Nossos mais profundos pensadores chegaram à conclusão de que não existe isso que chamamos de História – ou seja, uma ordem significativa no amplo movimento dos eventos humanos (30). O pessimismo do século XX contrasta nitidamente com o otimismo do século anterior. Havia duas amplas razões para otimismo. A primeira era a crença de que a ciência moderna melhoraria a vida humana (...). Em segundo lugar, os governos democráticos livres continuariam a se instalar em maior número de países no mundo todo (30). O extremo pessimismo do nosso século é devido, pelo menos em parte, à crueldade com que essas expectativas foram destruídas (31). A Primeira Guerra Mundial foi, na verdade, apenas mais uma amostra das novas formas do mal que logo se revelariam. Sem dúvida houve muitas tiranias sangrentas antes do século XX, mas Hitler e Stalin puseram