Resumo Literário do conto "Dôia na Janela"

O conto Dôia na Janela, de Roberto Drummond, trata o drama da Menina Dôia, representando delicadamente o limite entre a realidade e a fantasia. Todo decorrer da narrativa sobre a menina é atravessado por muitas ideias opostas mergulhadas num local, que aparentemente é uma clínica psiquiátrica, a garota, retirada da sociedade e do ambiente da família, permanece ligada por varias maneiras, “tão perto da sua janela e, ao mesmo tempo, tão longe”. Por meio da pequena janela, “cheia de cores e vidas”, Dôia aparenta uma busca constante de contato com a realidade da qual está exclusa, e da janela fica a imaginar as mais variadas situações que poderia viver naquele mundo.

Dôia gostava de olhar os anúncios luminosos como os da Coca-Cola ou dos pneus Firestone. Confinada no que parece ser uma clínica psiquiátrica. Da janela de seu confinamento, protegida pelas grades, Dôia se esconde num refúgio de segurança, de onde olha o mundo, feito de imagens e objetos de consumo. Por um toca-fitas chega-lhe as "vozes e barulhos de sua casa", como o "pigarro do pai", o "canto do sabiá" ao fundo. Sobre esses recortes de realidade Dôia constrói um mundo só seu. É a partir dele que ela idealiza e cria cenas que poderiam se passar lá fora: "certas noites, o único consolo de Dôia era aquela garrafa enchendo um copo de Coca-Cola. Dôia se imaginava usando uma calça Lee desbotada e tomando uma Coca num barzinho ao ar livre". Bem Próximo de receber alta, no conto depreende-se que seu inconsciente “simula” uma crise, que lhe assegura a permanência nesse mundo: uma cena muito parecida com o contexto histórico da crucificação de Jesus Cristo. O que nós deixa a duvidar se foi sonho ou real é o fato de que naquela mesma época ocorria uma das maiores repressões já vividas pelo nosso país a Ditadura militar, que teve como característica forte o uso da violência e tortura aos opositores, inclusive semelhante a cena assistida “Ludicamente” por Dôia. Vemos, Desta maneira que na cena “Simulada