Resumo "Impressões de Viagem" de Heloísa Buarque de Holanda
No ano de 1962 o Centro Popular de Cultura (CPC) caracteriza os intelectuais e artistas da época em três grupos diferentes: os conformistas, os inconformistas ou os de atitudes revolucionárias. O primeiro grupo diz respeito àqueles que não estariam produzindo de acordo com suas questões ideológicas, mas sim de acordo com os interesses políticos e econômicos da época. O grupo dos inconformistas era àquele que possuía certa aversão aos padrões dominantes. Por fim, o grupo com atitudes revolucionárias, incluindo-se aí o próprio CPC, era aquele que apoiava o poder majoritário do povo, das massas e que entendia que o conhecimento deste grupo só se dava quando o próprio artista estava junto a ele, enfrentando de frente o poder dos governadores.
Resumidamente, o grupo dos revolucionários acreditava na arte como um recurso próprio para conquista do poder. Nesse caso, o artista seria o responsável por expor de forma clara o que o povo estaria pensando através de suas ferramentas artísticas. No entanto, tal aproximação entre povo e intelectuais torna-se praticamente irreal, já que a ideologia destes intelectuais necessita de um discurso mais aprimorado para enrijecer-se. O caminho inverso, intelectuais submetidos ao popular, enfraquece e regride a arte dos mesmos. Muitos artistas, porém, procuraram tal proximidade com o povo em seus poemas, como Paulo Mendes Campos em “Vivência” e “Testamento do Brasil”.
Diante de tal cenário, ocorre uma transfiguração na maneira de escrever