Resumo - Histórias Íntimas sexualidade e erotismo na historia do Brasil
Resumo: Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na historia do Brasil
Referências: PRIORE, Mary Del. Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011. Pag.143-171.
Um assunto que ainda assusta muita gente e que gera muita polêmica em rodas de conversa é quando se fala no aborto. Assunto que assusta muita gente, porém não é uma pratica recente. Entre o século XVI e XVIII, o aborto era mencionado em textos de cronistas e médicos.
A gravidez indesejada era mais preocupante que uma morte causada por uma infecção na tentativa do aborto. Para as práticas do aborto era recomendado a ingestão de ervas, carregar fardos pesados, dar pulos e até mesmo a perfuração com objetos pontudos, como a agulha, canivetes, tesouras entre outros.
Todas as mulheres conheciam alguma solução para “dar fim ao problema”. No Brasil, viajantes de passagem observava a comercialização de ervas abortiva pelas ruas da cidade. As escravas costumavam oferecer de porta em porta o produto. Entre as mulheres era murmurado baixinho.
A Igreja hoje em dia é totalmente contra a prática do aborto, porém, até o século XIX se tinha tolerância com relação a pratica abortiva. A Igreja acreditava que a alma no feto masculino só passava a existir após quarenta dias de concepção, e no feminino, depois de oitenta, depois que o feto “recebesse sua alma”, seria considerado crime e pecado qualquer ato contra ele. Tudo se complicava se houvesse duvidas sobre o aborto ser resultado de relacionamento fora de seu casamento.
O Estado começa a discutir sobre o aborto, se era um ato voluntario ou involuntário. Com isso, o Estado começou a intervir com a criação de leis. Surgiram normas contra as abortadeiras a partir de 1830, uma dessas normas foi à condenação de cinco anos de trabalho forçado quem praticasse o aborto, ainda que a gestante consentisse. A gestante escapava impune. Só em 1890, o