Resumo - História do Pensamento Econômico
Capítulo I – A ideologia da Europa pré-capitalista
Os seres humanos, para sobreviverem precisam organizar-se em sociedade. Como não foram dotados pela natureza com a aptidão física necessária para obter, por si mesmos, as condições materiais de vida, aprenderam a subdividir tarefas e a utilizar instrumentos de trabalho. A distribuição do trabalho também resultou numa diferenciação dos papeis desempenhados pelos membros de uma sociedade. No começo, essa diferenciação tinha um caráter funcional: quando a produtividade ainda era baixa, todos os membros da sociedade viviam próximos ao nível de subsistência, inexistindo classes sociais ou diferenciações hierárquicas. A distribuição sempre mais aperfeiçoada das tarefas com os instrumentos de trabalho com maior sofisticação, propiciaram maior produtividade que possibilitou para uma pequena parte da sociedade livrar-se do fardo do trabalho cotidiano. Com o crescimento da produtividade per capita, uma classe ociosa e pequena passou a viver às custas do trabalho dos demais membros da sociedade. A partir desse momento as sociedades começaram a sofrer um processo de diferenciação interna que deu origem às classes sociais, que obedeciam a razões econômicas; os que trabalhavam pertenciam às classes mais baixas e os que não trabalhavam, das classes mais altas. Um sistema com essas características não poderia sobreviver por muito tempo se a maioria de seus membros não compartilhasse as mesmas opiniões sobre a maneira apropriada de conduzir as questões econômicas e sociais
IDEOLOGIA Ideias e crenças que tendem a justificar moralmente as relações sociais e econômicas que caracterizam determinada sociedade.
Os sistemas econômicos organizaram o esforço humano para transformar os recursos dados em bens econômicos. A ética paternalista cristã proporcionou os elementos para a legitimação da economia feudal e consequentemente de suas relações sociais e econômicas. Os valores em que se apoiava essa