Resumo formação economia do brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Departamento de Economia
Victor Costa de Lacerda
Formação Econômica do Brasil
Resumo capítulo 29
A descentralização Republicana e a formação de novos grupos de pressão.
As transferências de rendas assumiam diversas formas. Havia transferências entre o setor de subsistência e o exportador, sendo o último o beneficiado, pois os preços que pagava o setor de subsistência pelo que importava, cresciam relativamente aos preços que pagava o setor exportador pelos produtos de subsistência. Havia também, importantes transferências dentro do próprio setor exportador, devido aos assalariados rurais que recebiam parte de sua renda em moeda, e comprava diversos artigos importados ou semimanufaturados do país que usavam matéria prima importada. Os núcleos mais prejudicados era a população urbana. O salário real dessa população era particularmente afetado pelas modificações da taxa cambial.
O efeito regressivo na distribuição da renda, resultado da depreciação cambial, era agravado pelo funcionamento das finanças públicas. O imposto às importações era cobrado a uma taxa de cambio. Ao depreciar-se a moeda, reduzia sua importância. Por um lado, a redução real era maior para os produtos que pagavam maior imposto, artigos de consumo de população de alta renda. Por outro, a redução das receitas públicas obrigava o governo a emitir moedas para financiar o déficit, operando com um imposto altamente regressivo.
A redução do valor em ouro da receita governamental era tanto mais grave quanto o governo tinha importantes compromissos a saldar em ouro. O governo era obrigado a dedicar uma parte maior que sua receita em moeda nacional ao serviço de dívida externa. Não há indicação de que a emissão de moeda tenha sido destinada a atividades para expandir o setor público. O governo para defender o câmbio, contraía empréstimos que acarretavam numa sobrecarga fiscal incompreensível.
A forma de operar do sistema