Resumo filme My oncle
Mostra como o modernismo se reflete na vida cotidiana e doméstica da sociedade da época. A busca da máxima eficiência, os desenhos puros e a sofisticação de qualquer tipo de indumentária se torna mais do que uma ferramenta, no objetivo de qualquer entorno urbano.
É um filme que ao meu ver resume muito bem a arquitetura e da cidade no começo do século XX, pelo menos em ambas extremidades mais reconhecíveis. O filme de Jacques Tati mostra o contraste entre dois mundos, duas formas de viver e compreender a cidade e a arquitetura que no final dos anos 50 iria se sobrepor violentamente.
Um deles é o mundo da modernidade exagerada por um otimismo futurista, como chegou à Europa na reconstrução do pós-guerra e o outro é representado pela cidade tradicional.
O filme dá pra ser dividido em três partes diferentes: o habitante, sua casa e o entorno cotidiano. O menino é o personagem mais importante do filme, pois ele consegue vivenciar os dois “estilos” de vida completamente diferentes. Ele vive no bairro da moda, em uma casa moderna e tem uma família moderna. Do outro lado, está o o tio dele, que vive na parte antiga da cidade em uma casa antiga.
O bairro onde ele mora é moderno, fechado para o exterior através de um muro que a separa do resto da vizinhança. Apenas um grande portão para o carro que liga o bairro com a cidade. Já o tio mora em um cortiço, onde o contato social com a vizinhança é inivitável (isso se mostra bastante quando ele fica analisando o papagaio da vizinha, usa a janela dele para dar reflexo no vizinho, quando ele sai de casa uma menina vem oferecer bala a ele), coisa que na outra casa é impossível de acontecer.
No filme, a crítica é que a casa moderna servia para impressionar as pessoas e não para que elas se sentissem confortável e morassem bem. A infinidade de equipamentos eletrônicos na cozinha que ninguém sabia usar se não fosse da casa (isso é mostrado com o tio do menino tentando pegar um copo do armario, as portas se abrem