Resumo "Estudar" Pedro Demo
São Paulo: Atlas, 2008.
P.13 – 49
Estudar
Estudar é também uma arte e, depende muito de motivação. Como é para a grande maioria das pessoas – chato passa a ter sentido e preencher o sentido da vida. Motivação, não implica no prazer físico imediato. Não estuda apenas o que dá prazer, é inevitável estudar também o que não nos da prazer. Para alguém, tornar-se médio é importante. Para chegar até lá, terá que “ralar” muito. Estudo é também trabalho, dedicação, esforço, renuncia. Tudo o que se faz com prazer é mais fácil. Mas a vida não se reduz a prazer, estudar pode acarretar sacrifício. E isto faz parte da vida também.
Não aprendemos sem estudar. Entre nós, aprender coincide com ter aula, quando se estatuíram 200 dias letivos. Confundiu-se, aula com aprendizagem, reproduzindo um dos estereótipos mais triviais da organização escolar e universitária. Os pais dos alunos fazem a alegação: se os alunos tiverem mais aulas, vão aprender mais. Estudar não é o sentido central, mas ter aula. Pode, porém, não ocorrer que aumentar aula signifique melhor aproveitamento, isto insinuam dados do Inep, surpreendente e ironicamente.
Sobre aprender é estudar, a aprendizagem, para iniciar não é resultado de instrução. Não temos da realidade externa um xérox na cabeça, uma reprodução fotográfica, mas uma reconstrução, interpretação, na posição de observador participativo. A mente humana, a rigor, não pode ser instruída, por mais que se tente. O que nela entra, entra por dentro, na condição de sujeito. A mente humana só percebe significados, principalmente cria e recria significados. Por exemplo, a mente humana, a rigor, não pode ser instruída, por mais que se tente. O que nela entra, entra por dentro, na condição de sujeito. A mente humana não só percebe significados, principalmente cria e recria significados. E por isso que as palavras admitem múltiplos sentidos, sendo este tipo de ambiguidade próprio do ambiente semântico. Somos figuras auto