Os sentidos do trabalho
(Os sentidos do trabalho – Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho)
O século XX é marcado pelo domínio do sistema reprodutivo, em que as grandes indústrias se organizavam fundamentadas nas produções em massa e da exploração do trabalho. Os primeiros modelos utilizados nas indústrias foram o fordismo e o taylorismo, estes paradigmas eram fundamentados na exploração dos trabalhadores que, além de serem mal remunerados eram submetidos às exaustivas cargas horárias e atividades repetitivas.
As indústrias fordistas/tayloristas trabalhavam com o combate ao desperdício e na redução de tempo, aumentando assim, o nível de exploração dos seus funcionários. O trabalho era caracterizado em parcelamentos de tarefas e frente às linhas de montagens, os fordistas e tayloristas para dominarem o mercado estruturaram suas produções de forma verticalizada, neste sentido, as grandes indústrias possuíam todo o controle de sua produção, desde a matéria prima até o produto final.
O padrão de reprodução aplicado nas indústrias fordista/taylorista utilizava-se da “mais valia”, isto é, diferença entre o valor empregado na força de trabalho e o salário pago ao trabalhador, e todo o lucro do trabalho é direcionado para os que detêm o capital. De acordo com a leitura de Antunes podemos afirmar que, o capital além de apropriar-se da força de trabalho, também reprime o nível intelectual do trabalhador com sua intensa ação mecânica e desumana. Contudo, a relação entre a força de trabalho e o capital dá início à grande crise nos modelos fordista/taylorista.
As análises do texto nos proporcionam confirmar que, as dificuldades enfrentadas pelo capital originam-se quando, aumenta-se o preço da força de trabalho e conseqüentemente é aumentado também o desemprego, sendo assim, o consumo desacelera e a taxa de lucro das indústrias é diminuída.
Importante também destacar que os movimentos da massa-operária surgem no final dos anos 60 em prol de