Resumo dos oito mitos do preconceito linguístico segundo Marcos Bagno
OS OITO MITOS DO PRECONCEITO LINGÜÍSTICO SEGUNDO MARCOS BAGNO
Ressumo apresentado como de avaliação da Disciplina Fundamentos Teórico Metodológicos da Língua Portuguesa, ao Curso de Letras - Licenciatura, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.
BELÉM– PA
2014
RESUMO
Mito n° 1. “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”.
A idéia de que o Brasil apresenta uma forte unidade lingüística é o maior dos mitos do preconceito lingüístico. Isso porque além da variação que deriva da vasta extensão territorial, que leva a diferenciações lingüísticas regionais, existe também a variação proveniente da disparidade social, isso porque o Brasil é o país com a segunda pior distribuição de renda do mundo. O abismo social existente entre as classes privilegiadas e a imensa maioria da população gera um quadro de acesso limitado à educação por parte dessa maioria. O país considera como sendo a língua correta (padrão) a Língua Portuguesa como é ensinada na escola, isso acarreta da discriminação com toda a parcela da população que fala de maneira diferente (dita errada). Para essas pessoas se torna difícil o acesso a textos jornalísticos, por exemplo, e até mesmo da própria Constituição Federal (que declara igualdade a todos).
Mito n° 2. “Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português”.
O mito de que o brasileiro não sabe português configura um preconceito lingüístico proveniente de um “complexo de inferioridade” recorrente entre a população do Brasil. Os estudiosos que sustentam esse preconceito disseminam a idéia equivocada de que o brasileiro é pouco interessado na Língua Portuguesa e que é seu falante que comete mais desvios da norma