Resumo do texto O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem
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A visão iluminista era simples pois seguia leis imutáveis, como no universo de Isaac Newton. Mas o descaso iluminista com a variedade e com as diferenças foi um erro. Para esta corrente de pensamento, qualquer coisa que não seja facilmente entendido, que não possa ser verificado ou esteja limitada a homens de determinado período, não contém uma verdade. O que para Geertz é um absurdo, pois o homem é algo que está envolvido com o local em que ele se encontra, depende de quem ele é, e naquilo que ele acredita. E acreditar nisto é que permite se desenvolver um conceito sobre cultura. Segundo Geertz, o que se pode aprender da natureza humana é que os homens são, pura e simplesmente o que a sua cultura faz deles. Não basta identificar uma universalidade, uma generalização ou uma congruência. É preciso verificar se estas características são superiores às congruências frouxas e indeterminadas. Neste sentido, a Antropologia pode contribuir para a construção ou reconstrução de um conceito de homem. Se dedicando na tarefa de nos mostrar como encontrar este conceito de homem. Segundo Geertz, é preciso procurar por relações sistemáticas entre fenômenos diversos e não por identidades concretas entre fenômenos similares. E para isso, fatores biológicos, psicológicos e sociais devem ser tratados como variáveis dentro do sistema em análise. Para Geertz, a cultura é melhor vista como um conjunto de mecanismos de controle. Planos, receitas, regras, instituições que servem para governar o comportamento. E vai além, ele afirma que o homem é o animal que mais depende destes mecanismos de controle para ordenar o seu comportamento. A perspectiva da cultura como mecanismo de controle se baseia na afirmação de que se o homem não fosse dirigido por padrões culturais, o mundo seria um caos de atos sem sentido e de explosão de emoções. Assim, a cultura é uma condição essencial para a existência do homem. Segundo Geertz, os homens sem