Resumo do texto Vigiar e Punir
Mudanças sociais ocorridas no séc. XVIII e XIX levaram a alterações na dinâmica do poder, o qual foi gradativamente substituído pelo que Foucault denomina de sociedades disciplinares, as quais atingiram o seu auge no século XX.
A passagem de uma forma de dominação a outra ocorreu quando a economia do poder percebeu ser mais eficaz e rentável vigiar do que punir .
Coube às sociedades disciplinares organizar os grandes meios de confinamento, os quais tinham como objetivo concentrar e compor, no tempo e no espaço, uma forma de produção cujo efeito deveria ser superior à soma das partes.
O indivíduo não cessava de passar de um espaço fechado ao outro: família, escola, fábrica, universidade e eventualmente prisão ou hospital.
O dispositivo panóptico constitui uma ‘máquina’, idealizada por Bentham no século XVIII, cuja arquitetura é formada por uma torre central e uma construção circular periférica. Nesta se encontram indivíduos a serem vigiados, como prisioneiros, loucos, escolares, trabalhadores, isolados em células, formando uma coleção de individualidades separadas.
Atualmente, encontramo-nos numa crise generalizada de todos os meios de confinamento da sociedade disciplinar e assistimos à instalação de uma sociedade que controla à distância.
A crise das instituições modernas representa a implantação progressiva e dispersa de um novo regime de dominação. A lógica da sociedade disciplinar é analógica, ou seja, descontinua e diferenciada em cada confinamento, enquanto a da sociedade de controle é numérica e constante.
Exemplos do panoptismo foucaultiano na sociedade contemporânea são vários, principalmente nos Reality Show, programa voltado para um público ávido para assistir o que acontece na casa do "vizinho", virou febre. Foi uma fórmula importada na busca desenfreada pela audiência, apostando no sucesso do inusitado, cheio de recursos tecnológicos, na conquista da mídia e na