Resumo do livro A Escrita (introdução)
Considerada a contrapartida gráfica do discurso, a escrita é a fixação da linguagem falada numa forma permanente ou semipermanente onde a cultura, definida como uma inteligência transmissível, não existiria. A lei, a religião, o comércio, a poesia, a filosofia e a história e outras atividades que dependem de certo grau de permanência e transmissão seriam, se não impossíveis, incalculavelmente restritas. Mesmo com toda essa importância, a escrita, na maior parte das universidades, não tem sido formalmente estudada.
Tamanha é a importância da escrita que os povos antigos atribuíram sua invenção como obra das divindades ou heróis lendários. Egípcios, babilônios e gregos são exemplos de povos antigos que tinham consideração e respeito pela escrita.
A escrita, como entendemos, é uma atividade consciente, intrínseca e inseparável ao desenvolvimento do intelecto do homem tendo sua origem ligada a um passado relativamente recente, se comparado com os muitos milhares de anos de progresso intelectual da humanidade. Pode-se dizer que sua origem está atrelada, principalmente, a luta pela sobrevivência e que sua existência é marcada por um constante processo de evolução.
Deve-se ressaltar que vários fatores estão atrelados ao desenvolvimento, expansão e sobrevivência da escrita. Como exemplo disso temos a invasão de uma determinada região por um povo estrangeiro provocando o desaparecimento de uma escrita nativa e a introdução de uma nova, ou levar os invasores a tornarem-se eruditos pela primeira vez.
O aparecimento de escritas sistemáticas como, por exemplo, a cuneiforme representou um imenso avanço na história da humanidade. Desse modo, a escrita foi a base para o homem no sentido do desenvolvimento de sua consciência, do seu intelecto, do conhecimento de si mesmo e do mundo,e do seu espírito critico. A escrita pode ser considerada como a transmissão de ideias ou de sons através de sinais feitos em um certo numero de meios apropriados