Resumo do Del ser al hacer - Maturana
Com base na leitura do texto tudo dito é dito por um observador e nada do que ele diz pode ser separado dele, pois não existe um método verificável para estabelecer uma ligação entre as suas próprias reivindicações e uma realidade independente do observador. Maturana (2004) diz que não há justificativa para assumir uma separação ontológica entre o sujeito e a realidade independente, mas nem para justificar por que deveria ser de suposição de que o observador é a fonte de tudo o que sabemos. Esta última abordagem não é uma declaração para estabelecer uma nova verdade, mas uma abordagem de pesquisa pelo qual pretende-se mostrar que todo o conhecimento é o produto de nosso fazer e de nos comunicarmos através da linguagem (modo de viver). Além disso, a distinção entre o eu como sujeito e como uma área do lado de fora ou do mundo independente apenas responde a interpretação cognitiva e linguística que o observador projeta sobre o significado de sua experiência. Porém, é necessário explicar esta experiência percebida como algo separado de nós. A minha experiência é a minha referência, por isso deixo todas as minhas considerações e explicações. Ademais, o autor acrescenta que se a visão de que toda a realidade é uma ilusão, então não importa falar de ilusão ou delírio (como se tudo é uma ilusão, então não é nenhuma ilusão). Finalmente, a afirmação de que tudo é ilusão se contradiz, pois só pode ser estabelecida a partir de um ponto de referência de observação que não pode ser ilusória (a partir do qual a condição totalmente ilusória) é reconhecida. Por fim, o ponto de partida é a experiência, e ela é reconhecida como um evento perceptível.
Referências:
MATURANA, Humberto. Del ser al hacer. Santiago de Chile: Editora Comunicaciones Noroeste, 2004.