Resumo do conto beira rio
Beira Rio
Este é um conto que aborda um tema bastante recorrente e ocultado na realidade desta nação: a exploração de trabalhadores. Drummond cria um cenário onde retrata, com riqueza de detalhes, a rotina de trabalhadores em uma obra para construção de uma indústria situada perto de lugar nenhum e distante de tudo, era Capitão Borges.
Através de uma linguagem simples, a obra mistura momentos de narração com transcrições de diálogos diretos que dão maior realidade à história.
Uma característica marcante é a tensão que habita pelo fato de a Companhia - responsável pela obra e pela improvisada cidade de Capitão Borges, com o intuito de explorar ao máximo o rendimento do pobre trabalhador, proíbe-os dos únicos prazeres que ali existiam: o jogo e a bebida (prazeres estes não proibidos para os técnicos e diretores, que sempre estavam de bem com a vida, diferente dos cansados trabalhadores, de olhar baixo e coluna curvada diante de tanto trabalho).
Mas eis que surge na trama, o Vosso Criado, o negro Simplício da Costa, que vinha de Pirapora para abrir, à beira rio (do lado do rio que a Companhia não comandava) um varejo de cigarro, pastéis e aguardente. Era disso que o trabalhador de coluna curvada, em meio àquelas ruínas, precisava. Diante disso a solidão no mato, a luta noturna contra os mosquitos e a dureza do trabalho pago com salário injusto já não pesava tanto para os trabalhadores de Capitão.
A história transcorre com os negócios de Simplício da Costa indo muito bem devido à conquista da confiança pública dos trabalhadores vide que era no varejo do negro que encontravam a única coisa que realmente precisavam, que os faziam esquecer de todas as outras.
O ponto alto da história acontece quando a Companhia resolve acabar com o negócio de Simplício, enviando capangas para dar-lhe uma lição. Mas o negro, provido de licença do governo e uma pistola, não se faz temer pelas