Resumo do artigo: Modelos aplicados às atividades de educação em saúde
FIGUEIREDO M. F. S., RODRIGUES-NETO J. F., LEITE M. T. S. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Rev. bras. enferm. vol.63, no.1, Brasília Jan./Feb. 2010.
Resumo:
Atribui-se uma importância suprema ao “conteúdo da matéria”, esperando que os educandos o absorvam sem modificações e o reproduzam fielmente. É o modelo de educação chamado de educação bancária, e caracteriza o Modelo Tradicional de educação em saúde. Já a educação “problematizadora” parte do princípio que uma pessoa poderá realmente aprender algo que o transforma, sendo também transformado no processo. Por haver esse diálogo, esse modelo é chamado de Modelo Dialógico.
No modelo de educação tradicional, considera-se que quanto mais se ensina, mais se sabe formando indivíduos medíocres, sem estimula para criar. Cria-se uma relação assimétrica entre o educador e o educando, sendo um detentor do conhecimento, e o outro carente da informação. Em estudo realizado com os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF), observou-se que nesse método há um foco na doença, e muitas vezes uma culpabilização do próprio paciente, pela sua doença. A literatura aponta que este modelo tem a vantagem de proporcionar para a população o conhecimento produzido cientificamente, com aquisição de conteúdos e ampliação de informações sobre o seu dano/agravo. Porém forma um indivíduo passivo, mero receptor de informações.
O modelo dialógico observa que toda a aprendizagem de nada adianta se não houver o mínimo de transferência, sendo possível distinguir uma transferência banal de uma transferência problemática, que exige esforço e trabalho cognitivo. O educador já não é mais o que apenas educa, mas o que enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Nesse modelo o educando é tido como um portador de uma conhecimento prévio, que mesmo sendo distinto do saber técnico-científico, não é deslegitimado.
À luz da literatura, o Modelo Dialógico de