Resumo Dias Lessa
os conceitos de necessidade, utilidade e funcionalidade para o design gráfico Washington dias Lessa
O artigo se inicia abordando significados do termo “necessidade”.
Em uma premissa mais abrangente, a necessidade se opõe à incerteza. Ou seja, é uma condição necessária, impossível de evitar. Tratando-se do design gráfico, uma necessidade é identificada a partir de um problema de comunicação, o primeiro passo para o desdobramento de um projeto – estudo da problemática.
O termo em questão também pode ser relacionado à privação e carência, uma vez que nossa necessidade nunca é absoluta – ressalva em situações muito extremas, como guerras e afins. O que conta para a prática do design é a necessidade como carência culturalizada; fazemos parte de uma cultura que cria carências.
No pensamento do design, a percepção da necessidade pode ser formal ou empírica. A primeira abordagem se dá a partir da experiência, um objeto é determinado pela sua natureza. Na segunda entra-se mais no eixo da questão, e envolve aspectos econômicos e culturais. A necessidade aqui é tematizada como discurso político. Hannes Meyer, antigo gestor da Bauhaus, afirma que o principal ponto de partida para o processo de design não é o estudo de naturezas, e sim a consideração sistemática das necessidades.
No atual padrão da sociedade consumista, fica cada vez mais evidente a lógica da criação de necessidades a partir de novos tipos de produto. Dentro desta lógica, o design determina uma nova necessidade - ele atua como qualificador do objeto.
A mercadoria abundante dá origem à ruptura do desenvolvimento orgânico das necessidades sociais. Quanto maior a abundância, menor a utilidade que as coisas adquirem. A utilidade vai ficando cada vez mais específica.
É neste contexto de relação de consumo em que o deisgn atua, atendendo a necessidades empresariais ou de empreendimentos comerciais específicos. O importante é a necessidade de se transmitir informações, sejam elas com um caráter