Resumo detalhado por capítulo de "os maias" de eça de queirós
(1888)
Eça de Queirós (1845-1900)
Capítulo I
E
ste romance começa no ano de 1875 com a descrição de uma das casas da família Maia – o Ramalhete. Depois retrocede-se a 1820 à juventude de Afonso da Maia. Este, com os seus ideais liberais, foi expulso de casa pelo próprio pai que não tolerava jacobinos. Depois de fazerem as pazes, partiu para Inglaterra.
Com a morte do pai regressou a Lisboa, altura em que conheceu Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa. Casou com ela e teve um filho, partindo para Inglaterra, país que adorava. No entanto, a sua esposa não era da mesma opinião e vivia triste – odiava o idioma bárbaro e o facto de não se praticar a religião católica, para não falar do frio que lá se sentia. Por odiar tudo o que era inglês, não consentia que o seu filho Pedro estudasse no colégio; em vez disso, para educar o seu filho, mandou vir de Lisboa o padre Vasquez que lhe ensinava latim e sobretudo a cartilha. Afonso da Maia era contra esta educação: preferia ver o seu filho a correr ao ar livre. Porém, quando ele tentava levar o seu filho a experimentar esta forma de viver, logo aparecia Maria Eduarda a impedir tal asneira, pois o menino não estava habituado ao frio e poderia adoecer – e Afonso entristecia de ver a fraqueza do seu filho. Porém não contrariava a vontade da sua esposa que estava já tão doente.
Ela tinha um grande desejo: não morrer antes de voltar a ver a luz do sol, o sol de Portugal; mas Afonso não cedia. Em vez disso levou-a a Itália. Não adiantou. A pobre mulher queria sentir a religiosidade das gentes de Lisboa. Então Afonso fez-lhe a vontade: voltaram à sua casa em Benfica. Foi então que ela começou a definhar lentamente e a casa enchia-se de padres e cerimoniais religiosos; Afonso cada vez mais se lançava no ateísmo.
Enquanto isso, Pedro tornava-se um homem em nada semelhante aos Maias – era fraco e não tinha curiosidades. Apenas desenvolvera um grande amor à sua mãe. Entretanto desabrochou e lá começou a ter as