Resumo de teresópolis

Crítica ao seminário de Teresópolis: ensaios teóricos que constituíram o objetivo de reflexão conjunta.

Em Teresópolis, os organizadores elaboraram um roteiro de trabalho, mas os participantes o modificaram inteiramente. No documento de Teresópolis, o dado relevante é que a perspectiva modernizadora se firma não apenas como concepção profissional, mas também como pauta interventiva. Três textos constituíram o objeto dessa reflexão conjunta: “Introdução às questões de metodologia. Teoria do diagnóstico e da intervenção em serviço social”, de Costa. Esse texto, na verdade, se recusa a pensar no serviço social sem remetê-lo à problemática das ciências sociais e ao questionamento de sua contribuição histórica e assume críticas que colocava em cheque o conservadorismo em que se moviam as próprias propostas modernizantes. O seu procedimento analítico termina por colocar em causa a viabilidade da formulação atual de “teorias de intervenção” profissionais.
“Bases para a reformulação da metodologia do serviço social”, de Soeiro. Destaca que o processo de orientação do serviço social é desenvolvido pelo homem para se obter soluções para as dificuldades sociais, pontuando-se que esse processo se desenrola no interior do “processo social básico” e que é “um processo natural”. Nenhum dos textos, porém, estava sincronizado com aquele momento de maturação do serviço social no Brasil. O primeiro (de Costa) porque tendia a problematizar a linha evolutiva sinalizada desde Araxá. O segundo (de Soeiro) porque não atendia as demandas já postas pelo desenvolvimento que vinha desde 1967 (Araxá).
Com o ensaio “A teoria metodológica do serviço social. Uma abordagem sistemática”. José Lucena Dantas atendeu rigorosamente ao tema central, que era objeto do seminário, oferecendo uma concepção extremamente articulada da “metodologia do serviço social” mais compatível com a perspectiva conservadora. Sua contribuição se mostra como um produto da modernização do Serviço Social, influenciando