Documentos de Araxá e Teresópolis - Resumo.
No período da ditadura militar no Brasil foram realizados dois seminários para discussão da teoria do Serviço Social: Araxá (MG) e Teresópolis (RJ). Esses documentos nascem num período que o Serviço Social passa por um movimento de reconceituação. Grupos de Assistentes sociais questionavam suas práticas quanto ao exercício da profissão.
Araxá: Década de 60, os profissionais perceberam que era preciso dar um novo conceito, rever ou substituir os velhos em relação a profissão. Os Assistentes Sociais que participaram do encontro assumiram uma posição de integração e não de transformação das estruturas, eram de acordo com a política vigente. Era necessário reintegrar o indivíduo à sociedade, mas sem a preocupação de tratar de fato a causa “raiz”, ou seja, sem fazer qualquer tipo de investigação ou intervenção, a questão teria que ser resolvida de forma imediata na tentativa de corrigir a sociedade. O Serviço Social tinha que da “conta” dos problemas sociais. Avançamos no que se refere a formular e gerir políticas sociais, pois antes éramos apenas executores.
Teresópolis: Depois de Araxá, houve a necessidade de um estudo sobre a Metodologia do Serviço Social brasileiro. O encontro de Teresópolis aconteceu em 1970, seus participantes tiveram acesso antecipado ao documento, possibilitando uma reflexão prévia do que poderia acontecer. Nesse evento o transformismo é colocado em evidência, e o “moderno” se sobressai em relação ao “tradicional”. O assunto comum em dois grupos de debate foi “Fundamentos da Metodologia do Serviço Social”. Dantas estabelece uma relação entre o “método científico” e “método profissional” e dar credibilidade “científico-sistemática”, mostrando que a profissão precisava de uma legitimação “teórico-metodológica”. Dantas parecia fazer tanto uma fundamentação epistemológica da profissão quanto uma conexão com as ciências sociais. O documento de Teresópolis apresenta três significados ao