Resumo de Sociologia - Convivendo com a Doença
Sabe-se que a doença é ao mesmo tempo a mais individual e a mais social das coisas e que ela pertence simultaneamente ao domínio privado e ao espaço público. A vida social do doente é adaptada conforme o que é necessário, assim quando o doente acha que a vida não tem mais sentido, que sua cura esta longe de ser alcançada aparece outros problemas, tanto psicológicos quanto emocionais.
O mundo médico confere a esta noção um sentido bastante positivista da noção de “reabilitação”.
A administração do estigma
Erving Goffman designa por identidade social virtual. O indivíduo estigmatizado é aquele cuja identidade social real inclui um qualquer atributo que frustra as expectativas de normalidade.
Goffman distingue três tipos de estigma: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações do rosto, etc.), os desvios de carácter (distúrbios mentais, vícios, toxicodependências, doenças associadas ao comportamento sexual, reclusão prisional, etc.) e estigmas tribais (relacionados com a pertença a uma raça, nação ou religião).
Os contatos sociais diante ao estigma e não saber como reagir, se olhar ou não diretamente para o defeito visível, se auxiliar ou não a pessoa, se contar ou não uma “piada” acerca desse "tipo" de pessoa. Qualquer que seja a conduta adotada, por ambas as partes, haverá, muitas vezes, a sensação de que o outro é capaz de ler significados não intencionais nas nossas ações. Esta é uma das razões que levam a que os indivíduos estigmatizados desenvolvam estratégias de encobrimento, por forma a garantir ao máximo uma vida normal.
O apoio dos vínculos sociais
O indivíduo doente pode livremente optar por administrar sozinho o conjunto de problemas que surgem, ou pode ser obrigado a isso.
O suporte social permite ao indivíduo uma melhor administração da situação, uma vez que a doença esta alojada. O suporte depende de qual a necessidade do indivíduo, do ponto de que podem ter conteúdos diferentes, pode