Resumo de platão e o mundo das ideias

Platão e o mundo das ideias

As primeiras obras de Platão se constituem de diálogos socráticos. É praticamente uma reprodução dos discursos de Sócrates, uma vez que os pensamentos de Platão eram bastante influenciados por estes. Mas a partir de um determinado momento Sua filosofia e obras começam a assumir uma fisionomia própria.
No primeiro momento as obras de Platão dedicam-se, por exemplo, a debates sobre questões morais, sendo sempre evidenciada a dialética socrática, uma vez que eram apresentados os problemas filosóficos, mas não soluções. O objetivo desse método de Sócrates não era dar respostas, mas sim causar um embate na consciência dos indivíduos que ele afirmava ser condição “sine qua non” para a construção de um conhecimento verdadeiro pela pessoa.
A partir da obra Fédon a dialética socrática vai dando lugar a um método impessoal e teórico de Platão baseado num pensamento lógico, matemático, pitagórico, que visava não só o embate da consciência dos interlocutores, mas também e principalmente a busca de soluções para os problemas apresentados, que eram fundamentadas em hipóteses interligadas.
“Admitamos pois ¬– o que me servirá de ponto de partida e de base- que existe um Belo em si e por si, um Bom, um Grande, e assim por diante.” Essas palavras que Platão faz Sócrates dizer no Fédon representam uma mudança de direção da investigação filosófica em relação aos pensadores do passado. Esses buscavam um princípio primordial (arque) do qual eram originadas todas as coisas existentes no mundo físico.
Platão introduz uma nova maneira de pensar. Para ele não havia nenhum elemento básico que não se desintegrasse. Ele afirmava que tudo o que existia no mundo dos sentidos estava sujeito à degradação do tempo. Dessa forma, Platão constrói a teoria das idéias: Existe uma realidade autônoma por trás do mundo dos sentidos. Tudo o que existe é formado a partir de uma forma eterna e imutável. Existem imagens padrão, primordiais, concebidas no mundo das idéias e