Resumo de Economia Política

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Faculdade de Direito – Economia Política

Resenha das obras “Trabalho e capital monopolista” e “O sistema Toyota de produção”

Discente: Leticia Roberta Pozzobon
1º ano matutino
19 de outubro de 2013
TRABALHO E CAPITAL MONOPOLISTA – PARTE I
1. Trabalho e força de trabalho
O primeiro capítulo do livro nos traz uma síntese da diferença entre o trabalho humano frente aos outros animais. Harry Braverman parte do princípio de que o trabalho é uma atividade que altera o estado natural dos produtos da natureza para que haja uma melhoria em sua utilidade. Com isso, é possível dizer que o que difere o trabalho humano do trabalho das outras espécies animais é que o homem figura na mente sua construção antes de realmente transformá-la. O trabalho humano é consciente e proposital, enquanto que nos outros animais, ele é instintivo. O que dá essa “vantagem” aos homens é o aumento de quase todas as partes do cérebro, especialmente as partes frontais e parietais dos hemisférios, se comparados a primatas. Pode-se considerar, então, que a cultura humana é o resultado dessa capacidade de pensamento, e ela (a cultura) só é possível com a continuidade da experiência no aspecto subjetivo, ou seja, por meio de símbolos, sobretudo na forma de palavras. “Primeiro o trabalho; de acordo com ele e então com ele, a fala – estes foram os estímulos fundamentais sob a influência dos quais o cérebro do macaco gradualmente transformou-se no do homem”, sustentou Marx.
Sendo assim, o trabalho que ultrapassa a mera atividade instintiva é a força que criou a espécie humana e a força pela qual a humanidade criou o mundo como o conhecemos. Logo, a possibilidade de que todas as diversas formas sociais surgem a partir da capacidade humana de cumprir funções e dividi-las com base nas atribuições da família, do grupo e da sociedade. Nos seres humanos, a unidade de concepção e execução pode ser dissolvida, diferentemente dos animais, em