Resumo da obra "Apologia de Socrates"
“Apologia de Sócrates”, Platão, tradução de Edson Bini, EDIPRO, 2008”
Obra que retrata a fala de Sócrates diante do júri de Atenas, que decidiria em relação à denúncia que contra ele fora oferecida por Meleto. Inicia, para dar uma idéia das acusações dizendo: “Quanto a mim, por pouco não perdi a noção da minha própria identidade tal a persuasão com que discursaram. E, no entanto, dificilmente haja uma única palavra de verdade no que disseram”. Acusado de ser um orador ordinário, diz não ser – “a não ser que classifiquem como extraordinário orador alguém que fala a verdade” . A declaração do acusador Meleto fora “Sócrates é réu por empenhar-se com excesso de zelo, de maneira supérflua e indiscreta, na investigação de coisas sob a terra e nos céus, fortalecendo o argumento mais fraco e ensinando essas mesmas coisas a outros”. Aristófanes, ainda, escrevera uma comédia na qual Sócrates caminhava no ar e dizia “tolices sobre as quais nada sei, seja muito ou pouco”. Então, diz que relatará o que causou sua reputação e gerou calúnias contra ele. Relata que, certa ocasião, Querefonte dirigiu-se a Delfos e indagou o oráculo se havia alguém mais sábio que Sócrates, e a sacerdotisa, Pítia, respondeu que não. Sócrates diz: “Estou consciente de que não sou sábio em nenhuma medida. Qual o significado de suas palavras ao declarar que sou o mais sábio? Decerto não pode estar mentindo, pois isso não lhe é facultado.” Então, Sócrates passou a investigar. Dirigiu-se a um indivíduo que gozava da reputação de ser sábio, pensando que, assim, poderia contestar o oráculo, dizendo: “Este homem é mais sábio do que eu, porém afirmaste ser eu o mais sábio.” Era um político. Após conversar com ele, pareceu-lhe julgar-se sábio, mas não era. Procurou então mostra-lhe que ele se julgava sábio, mas não era. O resultado foi que o homem passou a não gostar dele, assim como muitos dos presentes. Ao afastar-se do homem, pensou consigo: “Sou mais sábio do que esse homem: nenhum de