Resumo da evoluçao historica da contabilidade

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Os resultados alcançados pela economia brasileira em 2009 evidenciam, de um lado, a exposição do país à conjuntura mundial e, de outro lado, os “efeitos-contágio” da crise financeira que eclodiu no último trimestre de 2008 e que não está ainda plenamente debelada. A taxa de crescimento, que havia se aproximado do potencial do PIB, estimado em
5%, recuou para níveis discretamente abaixo de zero. A perda, que se situou entre 150 e 200 bilhões de reais não pode ser considerada desprezível, não obstante tenha sido bem inferior, em termos relativos, à redução real do Produto
Mundial Bruto, próxima de 3%, algo entre 1,8 e 2,0 trilhões de dólares, em termos absolutos.
Os impactos mais severos, porém, observaram- se nas correntes do comércio exterior, que recuaram 12,5% em termos mundiais, deprimindo os resultados das balanças comerciais de praticamente todos os países. Ainda piores foram os movimentos mundiais dos investimentos estrangeiros diretos, que registraram quedas de alta magnitude, próximas de 55%. Nestes dois indicadores, mais fortemente ligados aos cenários recessivos mundiais, o Brasil sofreu perdas maiores. Os saldos da balança comercial recuaram para um terço dos níveis que haviam sido alcançados no biênio 2005-2006, puxados para baixo também pela apreciação da taxa cambial.
Os fluxos dos investimentos de origem externa recuaram para a metade dos montantes que ingressaram no país no último triênio.
Se os movimentos recessivos globais pudessem ser classificados como simples “marolinhas”, certamente os resultados do Brasil em 2009 não teriam sido tão impactados. Ainda assim, foram de amplitude menor que os registrados nos Estados Unidos, na Comunidade
Econômica Européia, no Japão, nos Tigres Asiáticos e, entre os latino- americanos, no México, por suas ligações mais fortes com o epicentro da crise.
Realmente, os efeitos da crise no Brasil foram comparativamente menos intensos que na maior
parte