Resumo Critico do filme O ano em que meus pais sairam de ferias
Resumidamente, a obra conta a história de Caligari, velho misterioso que hipnotiza um jovem num parque de diversões fazendo-o prever o futuro dos presentes. Uma previsão feita revela a um espectador que este morrerá num prazo curto de tempo. Por conta desta previsão assustadora e de acontecimentos estranhos na cidade um jovem resolve investigar as ações do hipnotizador e de seu sonâmbulo. Ao fim este jovem revela que Caligari é o diretor de um hospício e utiliza seus pacientes para aplicar técnicas hipnóticas de um apresentador de shows do século XVIII, cujos experimentos ele resolve testar. Contudo, dois finais se apresentam para essa trama: o do roteiro original, no qual o velho é tido como um louco por executar tais ações, acabando numa camisa de força; e o do roteiro modificado por uma moldura cinematográfica colocada pelos produtores, onde toda a história desvendada pelo jovem não passa de um delírio dele, que será tido como louco e acabará no hospício dirigido pelo mesmo personagem que, na verdade, é uma autoridade em seu juízo perfeito.
A versão do roteiro original apresenta uma crítica à figura das autoridades alemãs, representadas na personagem do “Caligari louco”, cuja imposição sobre a sociedade, representada pelo jovem sonâmbulo, tem como objetivo conduzir a atitudes impensadas e de conseqüências trágicas. A versão alterada exclui essa crítica ao reverter a situação, mostrando um “Caligari lúcido” que exerce suas funções de maneira coerente, e um “jovem alucinado” que criou uma situação irreal sobre o diretor do hospício e seu paciente.
A noção de autoridade - ora criticada, ora exaltada - é característica do conturbado período do entre-guerras. Nesse mesmo contexto, em que a obra é concebida como